terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Você Me Chamou de Mar Mita, Mas no Fundo, Sou uma Lagoa Mita

Você Me Chamou de Mar Mita, Mas no Fundo, Sou uma Lagoa Mita
Eu fiz uma declaração de amor sincera e infinita
Mas você rejeitou tudo e me chamou de mar mita
Porém eu sou uma lagoa doce e eterna
De alma romântica, carente e fraterna

Pois não sou como o mar traiçoeiro
Que seduz com sua cor azul-turquesa
Atraindo alguém inocente e faceiro
Para a sua voraz e braba correnteza

Eu sou uma lagoa esverdeada e profunda
Onde você toma banho numa viagem
Purificando sua alma, ás vezes, suja e imunda
Onde minhas ondas fazem uma massagem

Você me chamou, novamente, de marmita
Mas eu não mato sua fome na hora do almoço
Bem meio do trabalho, com pressa atrevida
Sou a lagoa nas férias do seu descanso, moço
Onde você vira criança fazendo alvoroço!

Sou a lagoa com um brilho relaxante
Não sou como o mar cheio de agonia
Dentro de mim há uma estrela cintilante
Que enche o seu mundo com bela poesia

Não sou o mar dos causos e mitos
Sou a lagoa das sensações e lendas
Dentro de mim há versos bonitos
Iluminando as misteriosas sendas.
Luciana do Rocio Mallon








Concurso: Dê uma Letra Para o Funk do Gás

Concurso: Dê uma Letra Para o Funk do Gás
Moro em frente a uma praça onde, aos finais de semana, as pessoas ligam som alto no meio da noite.
Neste sábado fui acordada, às duas da manhã, com aquele hit deplorável deste verão que é o funk apelidado de “Deu Onda”. O problema é que despertei bem naquela parte indecente, onde o cantor diz:
“Meu p** te ama”
Então fui ao banheiro e tentei dormir novamente.
De repente, fui acordada com alguém gritando:
“ – Olha o gás!”
Naquele instante olhei para o relógio, vi que eram quatro da manhã. Logo pensei:
- O caminhão do gás deu de passar de madrugada?
Desta maneira, abri a janela e percebi que se tratava da letra de um funk, pois vi pessoas dançando na praça. O problema é que esta música nem letra tinha.
Sinceramente, nunca achei a palavra “gás” algo sensual, pois sempre me lembrou problemas gástricos.
Horas depois, acordei, entrei na Internet e num site tinha o seguinte aviso:
“ Concurso Para Escrever a Letra da Canção do Gás”
Como funk qualquer um pode fazer, mandei a minha letra:
 “ Olha o gás
Para frente, para os lados e para trás
O equilíbrio sempre satisfaz
Pois a força nunca é demais
Quando se carrega o gás

Agora, vê se me deixa em paz
Quero dormir no meu lençol lilás
Pegue sua força voraz e sagaz
Descarregue logo este gás
Só não peide, que aí já é demais. “
No dia seguinte, o site saiu do ar e até hoje não sei qual foi o motivo.
Luciana do Rocio Mallon






Aposentadoria

Aposentadoria
Meu jovem, sou a sua sonhada aposentadoria
Farei você trabalhar de noite, de madrugada e de dia
Causando doenças com estresse e agonia!

A cruel reforma da previdência
É a minha malvada madrasta
Que me aprisionou sem paciência
Num feitiço que até hoje se alastra

Hoje sou sua futura aposentadoria
Porém um dia já fui uma princesa
Feita de sonho, sossego e poesia
Com promessas cheias de beleza

Um dia fui uma bela donzela
Que prometia um futuro relaxante
De uma forma calma, doce e singela
Para quem trabalhou de um jeito brilhante

No reino encantado, eu premiava com viagem
Um esforçado trabalhador que tornou-se idoso
Eu levava sua alma até a mais linda paisagem
De um jeito alegre, mágico e maravilhoso!

Mas, de repente, chegou uma feiticeira
Chamada reforma da previdência
Que de uma forma triste e traiçoeira
Obrigou os anciões a trabalharem sem inocência

 Sou a sua prometida aposentadoria
Mas você terá que trabalhar
Vinte anos para me beijar
Isto tira a suas esperanças e alegria
Porque até, finalmente, me alcançar

De tanto trabalhar, você estará doente
E não me abraçará de um jeito fremente

Meu jovem, sou a sua sonhada aposentadoria
Farei você trabalhar de noite, de madrugada e de dia
Causando doenças com estresse e agonia.
Luciana do Rocio Mallon








segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A Borboleta Dourada da Sapatilha Negra Voou

A Borboleta Dourada da Sapatilha Negra Voou
Minhas sapatilhas confortáveis e escuras
Tinham duas douradas borboletas
Voando em noites misteriosas e obscuras
Entre duras calçadas e leves violetas

Porém a borboleta do pé direito
Preferiu sentir o gosto da liberdade
Então ela voou, totalmente, sem jeito
Em busca da sonhada felicidade

Porém não posso usar
Este lindo e simples par
De sapatilhas assim
Pois falta algo, sim

Preciso colocar a borboleta na sapatilha
Nem que seja com a viciante cola de sapateiro
Quero sentir seu brilho dourado de baunilha
Mas prender este ser, novamente, seria traiçoeiro.
Luciana do Rocio Mallon



Flor de Lisianto

Flor de Lisianto
Reza a lenda que num sagrado jardim
A branca rosa olhou para o lilás lírio
Assim surgiu uma paixão sem fim
Onde o suspiro encontrou o delírio!

Porém a fria geada, o jardim, cobriu
Com o seu lençol refrescante e transparente
Através do brilho mágico do céu anil
 A rosa e o lírio viveram um amor fremente

Por meio da geada com o seu manto
Nasceu uma flor chamada lisianto
Com espírito fervoroso e místico de santo!

O lisianto é filho do lírio com a rosa
Numa madrugada de inverno
Com a sua alma doce e piedosa
Ele tira o pecador do inferno
Pois seu perfume é eterno!

Dizem que nas noites de Lua minguante
O misterioso e delicado lisianto
Vira um anjo brilhante e elegante
Que encanta a todos com seu canto
No jardim proibido de um amante!

O segredo é que a tímida rosa branca e o sério lírio lilás
Geraram o lisianto para trazer, ao mundo, a mais nobre paz.
Luciana do Rocio Mallon







Peruca Com os Cabelos de Eike Batista

Peruca com os Cabelos de Eike Batista
Amiga: - Tia Lu, soube que rasparam os cabelos do Eike Batista.
- Poxa, como faço comprar as madeixas dele?
- Pois sempre achei um charme aqueles cabelos lisos, grisalhos e brilhantes. Sem falar que os fios só devem ter recebido tratamento de primeira linha à vida inteira. Por isto eu quero fazer uma peruca com os fios do Eike.
Eu: - Bem, acredito que você teria que telefonar para o local onde cortaram os cabelos do Eike para obter melhores informações.
- Reza a lenda que usar uma peruca, com cabelos, de pessoas que foram ricas, ou, bem sucedidas traz sorte. Mas, neste caso, tenho as minhas dúvidas.
Luciana do Rocio Mallon



O Poeta e a Cesta

O Poeta e a Cesta
Você me transformou num objeto
Mas, realmente, não me importei
Não sei se você fez do jeito certo
Porém o amor virou a minha lei

Eu virei sua humilde cesta de palha
Onde você colocava seus doces poemas
Não se importando com a sociedade que ralha
Com quem transforma pedras em alfazemas!

Eu abraçava seus poemas coloridos
Que você vendia pelas ruas perigosas
Eu beijava estes papéis atrevidos
Com almas leves e maravilhosas

Suas mãos calejadas recebiam relaxantes massagens
Do meu espírito num toque discreto de alegria
Assim você realizava as mais divinas viagens
Toda a vez que você escrevia mensagens em forma de poesia

Porém depois você enjoou de mim
Deixando-me abandonada no meio da rua
Mas sempre acreditei no amor sem fim
Por isto tirei forças da luz prateada da Lua!

Depois você preferiu outra cesta
Para vender perfumadas flores
Todo o dia, de segunda à sexta
Sentindo outros tipos de dores

Mas esta outra cesta sempre foi uma orgia
Porque ela teve vários donos e é frágil
Cuidado, pois ela pode se arrentar com agonia
Não suportando seu espírito ativo e ágil

Um dia nestas esquinas ardilosas
Você vai me encontrar no meio-fio
Recordando de promessas pomposas
Na brisa da lembrança do arrepio

Desejo ser seu humilde objeto novamente
Uma cesta reciclada para as flores e os poemas
Quero ser o colo acolhedor para sua mente
Ajudando a curar suas feridas e seus problemas.
Luciana do Rocio Mallon













Batom Vermelho e Friendzone

Batom Vermelho e Friendzone
A Emília, do Sítio do Pica-Pau Amarelo, com seus tradicionais lábios pintados de carmim perguntou para a Princesa Ace de Leve:
- Por que os homens não gostam de mulheres com batom vermelho e nem da “friendzone”?
Então Ace explicou:
- Em primeiro lugar, os homens gostam de moças com pinturas rubras nos lábios, sim. Mas alguns sentem medo de mulheres com batom vermelho porque de uma maneira, não tão fácil de explicar, sentem atração por isto. O problema é que este preconceito está enraizado no inconsciente masculino. Pois desde a época das cavernas as mulheres usam tintas carmins em seus lábios como forma de sedução. Mas, algumas civilizações conservadoras, descobriram isto e proibiram esta maquiagem para mulheres solteiras. Só depois da Primeira Guerra Mundial é que o batom vermelho tornou-se popular.
Quando um homem, em vez de agarrar uma dama à força, chega e fala palavras como:
“- Gostaria de tirar a tinta do seu batom vermelho.”
Ele está sendo sincero e admite que se sente seduzido por este tipo de maquiagem.
Assim vale a pena investir neste sujeito se você desejar.
Portanto use batom vermelho à vontade e da maneira que quiser, inclusive com calça jeans. Pois artistas como: Sandy, Marisa Monte, Paula Fernandes, Letícia Sabatella, Gal Costa e Fátima Bernardes usam carmim nos lábios com calça jeans e ficam lindas.
Já os seres do sexo masculino, que afirmam odiar batom vermelho aos quatro ventos, são inseguros e ciumentos.
Fenômeno semelhante acontece com a “friendzone”. Pois se um homem se apaixona, por uma amiga séria que vê quase todos os dias, ele fica com medo de se declarar porque se for rejeitado este moço não terá contato mais íntimo com a colega. Como, geralmente, homem só pensa em “pegação”, as criaturas do sexo masculino agem como se esta situação fosse humilhante. A “friendzone” não é uma forma cruel que as mulheres escolheram para conquistar os homens. Na verdade ela é uma tática de segurança usada, principalmente, pelas meninas conservadoras como teste das intenções do pretendente. Pois se o moço estiver com péssimas intenções, ele desiste logo da amizade. Pois, geralmente, uma menina romântica não deseja ser usada e jogada fora depois, exatamente, porque ela busca um compromisso sério. Por isto muitas pessoas se casaram depois de um longo tempo na “friendzone”. Afinal a Psicologia já provou que o matrimônio entre amigos, de longa data, tem vários aspectos para dar certo.
(Princesa Ace de Leve by Luciana do Rocio Mallon)


Miss Universo


domingo, 29 de janeiro de 2017

Não Quero Usar, Apenas Desejo "Musar"

Não Quero Usar, Apenas Desejo “Musar “
Eu não desejo usar ninguém
Só quero inspirar qualquer artista
Entrar na sua alma para fazer o bem
Rabiscando no papel, ou, bailando na pista

Quero ser a fonte de criatividade
Com água cristalina e milagrosa
Para inspirar com toda a verdade
Uma frase eterna e maravilhosa

O artista não pode morrer de sede
Por isto precisa de uma lagoa
Onde joga sua delicada rede
Para pescar uma ideia boa

Eu apenas quero “musar” com candura e ternura
Levando estrelas para quem perdeu o firmamento
Trazendo para o poeta amargo, o sabor da doçura
Com a mais quente emoção e o mais belo sentimento

Para o pintor que perdeu a aquarela
Quero ser um arco-íris de cores
Com meu espírito de musa bela
Consigo retirar todas as dores

Desejo “musar” como as fadas das fábulas
Para os esforçados artistas, quero dar um troféu
Sem desonestidades, competições ou máculas
A musa tem o poder de acabar com a realidade cruel.
Luciana do Rocio Mallon




Mesma Pessoa


A Pornografia Destrói o Sentimento

A Pornografia Destrói o Sentimento
A pornografia destrói todo o sentimento
Pois com sua alma sedutora e perversa
Deixa o amado chorando ao relento
Sem direito a uma sincera conversa

A pornografia transforma a ponte forte da amizade
Em um poste vulgar que vira ponto do falso prazer
Destruindo, deste jeito, a verdadeira felicidade
Nas sombras do triste e pecaminoso anoitecer

Assim o amor é substituído pela luxúria
Enquanto o desejo é prostituído pela fantasia
Então o amado cai na depressiva lamúria
Por ser esquecido no simples dia-a-dia

Assim a borboleta transforma-se em traiçoeira mariposa
Enquanto as rosas viram picantes e ardentes pimentas
O homem transforma-se em beija-flor que só rouba e pousa
O néctar das almas com atitudes brutas e violentas

A pornografia mata o bom sentimento
Porque só valoriza a sensualidade e a beleza
Transformando o romance num tormento
Pois acaba com a ternura e a delicadeza.
Luciana do Rocio Mallon









Comercial Que Mostra Mulheres Felizes Por Trabalharem Menstruadas é Mais Forçado do Que Comercial de Margarina

Comercial Que Mostra Mulheres Felizes Por Trabalharem Menstruadas é Mais Forçado do Que Propagandas de Margarina
Quando eu era criança dois tipos de comerciais me pareciam surreais: os de absorvente higiênico e os de margarina.
Nas propagandas de creme vegetal, para passar no pão, sempre apareciam famílias felizes. Mas não era a realidade que eu escutava pela manhã. Pois os vizinhos gritavam assim:
- Acorda logo, menino preguiçoso!
- Tomarei café no trabalho, pois agora não dá tempo!
- Não como pão porque o meu serviço me dá indigestão!
- Traste, levanta para trabalhar!
Como eu era curiosa, fuçava as lixeiras dos vizinhos e notava que eles usavam a mesma marca de margarina dos comerciais com famílias amáveis.
Porém as propagadas mais intrigantes eram as de absorventes higiênicos. Inclusive em um deles uma mulher que dizia estar menstruada, caminhava na praia vestida de branco com um lenço nas mãos e falava:
- Sempre livre!
Então eu pensava:
- Quando eu menstruar, farei a mesma coisa!
Tive a primeira menstruação, na minha pré-adolescência e, nas férias, fui à praia menstruada com uma calça branca. Desta maneira o sangue menstrual sujou a roupa e não foi confortável as ondas do mar molharem meu corpo naquele estado.
Agora, em 2017, vi um comercial onde as mulheres ficam felizes ao trabalharem menstruadas graças à marca do absorvente higiênico. Eu nunca fiquei alegre ao fazer um serviço quando estava neste período vermelho. Apenas dava graças a Deus do absorvente aguentar tudo e do sangue não sujar a roupa. Perguntei se minhas amigas ficavam contentes em trabalhar menstruadas e elas confessaram que não se sentem mais fortes, ou, alegres de trabalharem, neste período vermelho, seja com qual absorvente for. Apenas se sentiam aliviadas quando o sangue não sujava as roupas.
Luciana do Rocio Mallon



sábado, 28 de janeiro de 2017

O Pólen-Amor e a Lenda do Sapato Que Caiu do Trem

O Pólen-Amor e a Lenda do Sapato Que Caiu do Trem
Hoje falarei de pólen-amor porque acordei com a alma florida, o espírito de borboleta e a vontade de trabalhar de uma abelha. O pólen-amor não tem nada a ver com orgias, surubas, swing e muito menos com o famoso “jogo de chaves”. Pois ele acontece quando você abdica de possuir a pessoa amada para entrega-la aos cuidados de outra criatura que poderá trata-la melhor.
Reza a lenda que se há só uma flor no jardim. De repente chega uma borboleta e uma abelha ao mesmo tempo. Então como a borboleta sabe que a abelha precisa do pólen para fabricar o mel, ela desiste daquela flor para dar chance à companheira trabalhadeira.
Eu sou como a borboleta, pois um dia eu amei uma pessoa. Mas ela foi embora e depois reapareceu. Desta maneira como ela precisava de abrigo com segurança, eu entreguei este meu pretendente para outro ser que pudesse dar toda a estrutura para seus sonhos. Naquela época eu não tinha emprego, nem saúde e muito menos liberdade. Portanto, eu não teria como fazer alguém feliz assim.
Toda esta situação lembrou-me a Lenda do Sapato Que Caiu do Trem, que é desta maneira:
Caio era um menino, de rua, que morava na estação do trem. Por isto vivia de esmolas e sonhava em ter um par de sapatos para aquecer seus frios pés. De repente, ele viu outro garoto com um par de sapatos novinhos em folha. O problema é que visivelmente, estes calçados estavam largos no pé daquela criança. No mesmo momento, em que este menino embarcou no trem, o sapato, do seu pé esquerdo, caiu na estação. Porém, no mesmo instante, o trem passou a se movimentar.
Caio, que observava tudo, pegou o sapato e correu atrás do veículo com a intenção de entregar o objeto perdido ao outro garoto, que estava na janela. Mas a cada passo, que dava, o trem ficava mais rápido e Caio precisava apressar mais a sua corrida. Assim este pequeno tentou jogar o calçado na janela onde estava o passageiro. Mas não teve sorte.
Deste jeito, o garoto do trem viu que seria impossível recuperar o outro sapato e notando que Caio estava descalço, resolveu jogar o outro calçado em direção a ele para que o par de sapatos tivesse um novo dono. Já que ele não poderia andar com um calçado só.
É assim que eu vejo o pólen- amor, pois quem ama sempre vai querer o bem do outro.
Luciana do Rocio Mallon


Amor Platônico Sem Preconceito


Mude as Notas Musicais da Sua Vida


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Quem Colhe Flores Rejeitadas Sempre Deixa um Caminho de Pétalas Para Trás

Quem Colhe Flores Rejeitadas Sempre Deixa um Caminho de Pétalas Para Trás
Desde criança sempre sonhei com uma declaração de amor em público com flores e caixinha de alianças. Mas como sempre estive fora dos padrões de beleza, impostos pela sociedade, isto nunca aconteceu. Agora que passei dos quarenta anos, já perdi as esperanças de realizar esta minha fantasia.
Hoje minha mente voltou ao ano de 1993, quando eu tinha dezoito anos. Recordei uma vez em que estava na praça de alimentação de um shopping. De repente vi um moço com um buquê de flores e uma caixa vermelha em suas mãos. Sem falar que ele estava acompanhado de outro rapaz com um violão nos braços. Como um raio, o músico começou a tocar na mesa onde estavam duas moças: uma loira e outra morena. Então o rapaz tentou entregar o buquê para a clara, que fez uma cara feia e não quis pegar as flores. De repente, ele abriu a caixa, se ajoelhou e exclamou:
- Patrícia, aceita ser minha noiva?!
Desta maneira, a loira ficou de pé e exclamou um palavrão, que foi acompanhado por estas palavras:
- Acabou!
- Eu quero aproveitar a vida!
- Quero beber e dançar até amanhecer!
Após isto, a jovem jogou as flores no lixo e pegou o elevador. Assim o moço correu pelas escadas. Rapidamente, eu peguei o buquê e corri atrás dele.
Comecei a gritar:
- Não fique triste!
- Eu daria a minha vida para que um homem fizesse uma surpresa destas para mim!
Quanto mais eu corria, mais as pétalas do buquê voavam para trás.
Corri umas seis quadras, na rua, atrás dele. Porém o moço desapareceu numa esquina. Quando eu olhei para o buquê, só havia uma margarida no meio dele. Deste jeito eu me perguntei:
- O que uma margarida está fazendo no meio de um ramalhete desfeito?
- O que uma margarida estava fazendo no meio de um buquê de rosas?
Naquele instante eu olhei para trás e notei que havia um caminho de pétalas. Só restou a angústia de saber quem era o rapaz que foi rejeitado.
Deste jeito perguntei ao vento:
- Como alguém tem coragem de rejeitar uma declaração de amor tão linda?
- Como existem pessoas que pensam que aproveitar a vida é beber, se drogar e ficar com todo mundo?
- Será que elas não percebem que, estas atitudes vulgares, só destroem a alma e o corpo agindo deste jeito?
- Eu até entendo que ninguém é obrigado a aceitar declaração de amor de ninguém. Mas se a pessoa recebeu uma declaração de amor, tão chamativa, é sinal de que estava namorando há um bom tempo com o companheiro...
- Mas que tipo de pessoa namora sem amar?
Naquele momento comecei a chorar. Porém olhei para trás novamente e notei que o caminho das flores despedaçadas continuava lá. Então refleti:
- Quem colhe as flores rejeitadas sempre deixa um caminho de pétalas para trás.
Pode ser que ninguém se apaixone por mim nesta vida. Porém o mais importante é fazer o bem e se manter no caminho correto.
Talvez eu seja uma simples margarida no meio de rosas tão belas. Afinal eu sou uma menina feia no meio de tantas garotas que parecem modelos e que por isto conseguem conquistar alguém.
Portanto se você fez uma declaração de amor público e já foi rejeitado. Por favor, entre em contato comigo. Pois talvez eu seja a pessoa que você procura tanto.
Luciana do Rocio Mallon




Lendas Sobre Batom e os Significados de Suas Cores

Lendas Sobre Batom e os Significados de Suas Cores
O batom é o cosmético preferido das mulheres, que é rodeado de lendas e causos. Ele surgiu no Antigo Egito, 5000 anos antes de cristo. Naquele tempo, este cosmético era utilizado para separar as classes sociais das mulheres.
Reza a lenda que na antiga Suméria existia Nin, uma moça que se apaixonou por um caixeiro viajante grego, que todos diziam ser homossexual. Então a jovem orou à deusa Ishtar para conquistar o vendedor. Assim a entidade apareceu e deu um colorante, para lábios, com o objetivo de que a jovem conquistasse o caixeiro. Porém ela deveria usar um véu nos lábios pintados e mostra-los só ao seu amado.
Nin fez isto até a casa do caixeiro. Desta maneira quando tirou o véu, o homem se apaixonou e beijou a moça nos lábios. Porém ao voltar para casa, Nin se esqueceu de tapar a boca com o lenço. Deste jeito vários homens se interessaram por ela. Por isto acabaram atacando a pobre que morreu no caminho.
Esta lenda chegou até a Grécia. Então lá, durante o século II, surgiu uma lei que proibia as mulheres de usar batom na boca antes do casamento.
 Durante o reinado da rainha Elisabeth I, na Inglaterra,
somente as mulheres da nobreza podiam usar batom vermelho, que era confeccionado a partir de cera de abelhas e vegetais.
Em 1770, também na Inglaterra, existia uma bruxa chamada Helen que fazia feitiços para o amor. Sempre quando uma jovem queria conquistar um homem difícil, ou, quando uma mulher casada desejava manter a chama do seu casamento, esta feiticeira vendia batons que funcionava de acordo com o desejo da mulher. Porém o governo ficou sabendo disto e proibiu o uso deste cosmético. Deste jeito passou a perseguir Helen, que fugiu de navio para o Brasil, onde passou a confeccionar batons.
Reza a lenda que um perfumista francês, chamado Rhocopis, que pertencia a uma seita mística que faz reverência ao Egito, sonhou com a rainha Nefertiti passando uma maquiagem vermelha e cilíndrica nos lábios. No dia seguinte, ele criou o batom em forma de bastão, como conhecemos hoje.
Após a Primeira Guerra Mundial é que as donas-de-casa passaram a usar o batom como maquiagem do dia-a-dia.
Na Idade Antiga, as sacerdotisas usavam batons em diversos rituais. Por isto cada cor deste cosmético tem um significado diferente que leremos abaixo:
Nude: significa transparência e leveza. Então, pode ser usado quando a mulher procura calma e tranquilidade.
Vermelho: tem relação com sedução e paixão, por isto deve ser utilizado em encontros românticos.
Bordô: significa alegria ponderada. É o ideal para festas.
Laranja: tem relação com sabedoria e felicidade. Dizem que traz sorte em provas intelectuais.
Lilás: é ligado à meditação e à espiritualidade. Os místicos dizem que uma mulher que faz suas preces com esta cor de batom tem seus pedidos atendidos.
Violeta: esta cor está relacionada ao mistério.
Marrom: tem relação com a discrição e timidez.
Dourada: esta cor está ligada aos poderes do sol.
Cor-de-rosa-claro: tem relação com a inocência. Por isto esta cor pode ser utilizada em entrevistas de emprego.
Pink: esta cor está ligada à juventude. Por isto deixa, realmente, as mulheres com anos a menos.
Luciana do Rocio Mallon






quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Não Assobie Fiu-Fiu, Dê Flores Porque Isto é Impulse

Não Assobie Fiu-Fiu, Dê Flores Porque Isto é Impulse
Reza a lenda que na Antiga Grécia os homens tinham o costume de cuspir nas escravas, expostas no mercado, que eram muito bonitas. Para aquela época, este gesto era sinal de salivação para significar que o produto era vistoso. Então era um tipo humilhação para as mulheres. Porém, quando os romanos invadiram a Grécia, obrigaram as pessoas a trocarem o cuspo pelo assobio, estilo “fiu-fiu”, pois era mais higiênico.
O tempo passou e na Idade Média a prática deste tipo de “fiu-fiu” ficou extinta. O assobio libidinoso só voltou nos anos cinquenta, com os filmes de Hollywood, onde alguns personagens assobiavam para as damas bonitas. Nos anos setenta isto virou moda e chegou a ser irritante.
Naquela época, na casa de um parente, existia um papagaio, chamado Louro, que gostava de fazer:
- Fiu-fiu!
Um dia mudou-se para o bairro um professor de artes marciais, que era moreno, alto e forte. Então a ave passou a assobiar toda a vez que este lutador passava.
Numa manhã de verão, meu parente levantou-se, viu o papagaio morto e um bilhete em cima:
- Isto é para esta ave aprender que não se faz “fiu-fiu” para macho.
Nunca foi provado que o professor de luta matou o papagaio. Mas, várias pessoas do bairro, ficaram com esta suspeita.
Ainda nos anos setenta, além da moda do “fiu-fiu”, tinha a prática do “pegue no macio”, que surgiu numa propaganda de doces. Neste comercial uma moça obesa e com o rosto muito bonito come um confeito. Então um homem, que é apaixonado por ela, para se declarar aperta nas bochechas da moça e grita:
- Pegue no macio!
- Para se declarar para alguém, pegue no macio!
Deste jeito a partir deste comercial, as pessoas passaram a assediar umas as outras, pegando nas bochechas alheias e gritando:
- Pegue no macio!
No meu caso, quando um estranho tentava fazer esta brincadeira, eu mostrava uma cara feia e tentava morder o incauto. Pois achava este tipo de cantada um tanto evasiva.
Ainda sobre o “fiu-fiu”, naquela mesma época, uma fábrica de meias usou o assobio em seus comercias e o slogan era:
- Use meias Tri-fil
- A meia do fiu-fiu!
Por curiosidade, eu usei muito esta marca e nunca ninguém assobiou quando eu estava com ela.
Sinceramente, eu gostava do comercial do desodorante Impulse, onde as atrizes Maitê Proença e Bruna Lombardi colocavam este perfume e recebiam flores de desconhecidos. O bordão era:
“- Se algum desconhecido lhe oferecer flores, isto é Impulse!”
Assim eu usava este desodorante com a esperança de alguém me entregar flores. Porém isto nunca aconteceu.
Estamos em 2017 e as pessoas ainda fazem questão de se lembrar destes elementos: “fiu-fiu”, “pegue no macio” e “Impulse”.
Até existem campanhas e projetos de lei, contra o assédio, apelidadas de:
“ Chega de fiu-fiu.”
Portanto não assobie “fiu-fiu”, dê flores porque isto é Impulse.
Luciana do Rocio Mallon




Prato em Forma de Gato para a Felina

Prato Em Forma de Gato Para a Felina
Comprei um prato em forma de gato
Para a minha felina companheira
Assim ela poderá comer no mesmo ato
Para refletir sobre sua vida inteira

O prato fica na cabeça do animal
Mas a gata sabe que o sentimento
É a ração indispensável do astral      
Em qualquer rápido momento!

Neste prato, também, coloco água
No florido, delicado e suave jardim
De repente chega sem nenhuma mágoa
Um pássaro roubando água do prato, sim

Ele não liga e muito menos se importa
Que o prato tem formato de felino
Ele entra pela janela, nunca bate a porta
Liberdade é o seu maior desatino!

Comprei um prato em forma de gato
Para a minha felina companheira
Assim ela poderá comer no mesmo ato
Para refletir sobre sua vida inteira.
Luciana do Rocio Mallon







Deveria Ter uma Lei Que Punisse os Homens Que Dessem Foras Insensíveis em Mulheres

Deveria Ter uma Lei Que Punisse os Homens Que Dessem Foras Insensíveis em Mulheres
Em Curitiba, uma vereadora propôs uma lei para punir os homens que cometem cantadas agressivas às mulheres. Mas, também, um político poderia propor uma lei que castigasse os homens que dessem foras insensíveis nas moças.
Pois vejo muitas garotas se queixando que são xingadas e maltratadas depois que fazem uma declaração de amor. Este tipo de atitude vinda do sexo masculino pode causar traumas nas mulheres, como: depressão, baixa autoestima e até mesmo suicídio. Por isto é importante analisar o exemplo abaixo:
Nos anos 90, Maria era uma adolescente que sofria bullying por estar fora do peso e não ter a beleza imposta pela mídia. Um dia ela se apaixonou por um colega de classe, mas não teve a coragem de se declarar por medo de rejeição. Então a jovem passou a escrever cartas com declarações de amor, mesmo em anonimato, através de um programa de rádio. Porém, dias depois, um colega viu Maria colocando uma carta, endereçada à rádio, na agência do correio e contou a todos da turma. Deste jeito na sala de aula o rapaz, que era o amor platônico dela, gritou:
- Você é gorda!
- Nunca gostarei de você, baleia!
No mesmo dia, a menina tomou veneno e se suicidou.
A depressão, por rejeição, também já aconteceu comigo. Pois na adolescência, por coincidência, já sofri bullying por ser obesa e masculinizada. Por isto eu tive um amor platônico dos doze aos vinte e sete anos de idade. Apenas tive coragem de me declarar aos vinte e sete anos através da Internet. Mesmo assim a pessoa falou que não se lembrava de mim.
Até aí, tudo bem. O pior veio anos mais tarde quando conheci um amigo que gostava das mesmas coisas do que eu. Assim quando ele me passou a mandar fotos sensuais e poemas de amor, decidi me declarar. Porém a atitude dele foi, extremamente, agressiva. Pois além de me xingar, ele fez uma música chamada “Me Esquece” e ainda postou no Youtube. Desta maneira, caí em depressão profunda e minha Síndrome de Pânico voltou.
Por isto, eu aconselho as mães de meninos para que elas criem homens que respeitem as mulheres. Sempre peço para que estas senhoras digam aos seus filhos que mulher nenhuma merece ser maltratada. Pois ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas respeito é fundamental. Afinal existem maneiras gentis e educadas de dizer a uma apaixonada que não pode corresponder ao seu amor.
Luciana do Rocio Mallon




Flores do Feijão

Flores do Feijão
Há uma planta chamada feijão-borboleta
Que dá asas a alguém através da Poesia
Sua alma é alegre, intrometida e xereta
Porém ela guarda o segredo da harmonia

Foi este mágico e misterioso feijoeiro
Que levou o menino à terra dos gigantes
De um jeito surpreendente e verdadeiro
Capaz de transformar estrelas em diamantes

Mas a flor, deste feijão, é um mistério
Porque ela é da cor azul-celeste
Ela tem um espírito exigente e sério
Pois só floresce em solo sem peste!

Esta flor é um pedaço do firmamento
Por isto sua cor, à tarde, fica anil
Ela cura um mau sentimento
Perfumando todo o Brasil
Ela também serve de alimento
Como ninguém jamais viu

Já o feijão-da-espanha
Tem a flor da cor rubi
Que espanta a aranha
Porém atrai o colibri!

O feijão comum tem uma flor branca
Que veio para uma mensagem de paz
Por isto ela é delicada e branda
Beijando a flor do ipê lilás

O feijão tem mistérios e flores
Entre cores, dores e sabores.
Luciana do Rocio Mallon


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Barron Trump X Bullying X Síndrome de Asperger

Barron Trump X Bullying X Síndrome de Asperger
Dias atrás a mídia cometeu um erro horrível, pois praticou bullying contra o garoto Barron Trump, de dez anos de idade, filho de Donald Trump. Vários jornais, youtubers e sites fizeram “memes” e piadas com o comportamento do menino que possui Síndrome de Asperger, um tipo de autismo leve que pode causar pequenos problemas na coordenação motora fina e dificuldades de interação social.
As pessoas precisam entender que crianças, com necessidades especiais, precisam ser preservadas e, geralmente, elas não possuem culpa pelos atos dos pais.
Luciana do Rocio Mallon                    


Pássaro X Leite Ninho

Pássaro X Leite Ninho
Quando eu tinha cinco anos de idade, estava no jardim da infância e fiz a seguinte pergunta para a professora:
- Pássaro é mamífero?
Ela respondeu:         
- Não.
- Pássaro é ovíparo. Pois ele coloca ovos e não mama quando é bebê.
Logo eu falei:
- Eu pensava que os pássaros fabricavam o leite Ninho. Pois o produto possui este nome que me lembra aves. Sem falar que há um desenho de pássaros, dentro de um ninho, na embalagem.
Assim a mestra explicou:
- Quem fabrica o leite Ninho é a Nestlé.
Naquele instante, eu indaguei:
- Nestlé é um pássaro?
A professora comentou:
- Pode até ser...
- Pois esta marca voa alto!
Então todos deram risadas e tocou o sinal para o término do expediente.
Luciana do Rocio Mallon


Princesa Ace de Leve Não Entende o Preconceito Contra Roqueiros, Skatistas e Órfãos

Princesa Ace de Leve Não Entende o Preconceito Contra Roqueiros, Skatistas e Orfãos
No Reino Encantado da Ironia, Malévola tornou-se uma grande empresária vendendo asas postiças. Porém ela apaixonou-se pelo Duende da Floresta, um ser místico e religioso, que foi o amor platônico da Princesa Ace de Leve.
Porém esta bruxa, muito insegura, chegou para Ace e disse:
- Desista do Duende da Floresta!
- Pois ele merece uma princesa religiosa e de família.
- Ace, procure um roqueiro ou skatista porque estes estilos combinam mais com você.
Ace respondeu:
- Moça de família?
- Não sei o que os falsos moralistas tem contra os órfãos.
- Sem falar que a órfã dos contos é a Branca de Neve. Já eu me chamado Ace de Leve e moro com os meus pais. Com relação às outras personagens, eu até que sou bem comportada, pois: não fumo, não bebo e não faço sexo. A única atitude errada que exerço é comer carne.
- Este Duende da Floresta já experimentou a erva proibida e o pó de “pirlimpimpim” que foram ofertados pelo Visconde de Sabugosa, no dia em que ele foi passar férias no Sítio do Pica-Pau Amarelo. Sem falar que o duende se divertiu em lugares pecaminosos e coloridos demais, como: a Casa da Luz Vermelha, o Lupanar Lilás, a Boate Amarela da Jamile, o Motel Vermelho da Rubi, etc.
- Mas agora que o moço em questão, virou religioso, eu até respeito.
- Apenas não entendo o preconceito que os falsos moralistas possuem contra roqueiros e skatistas.
- Realmente eu gostaria muito de arrumar um namorado que fosse as duas coisas: skatista e roqueiro. Pois só assim eu teria um músico para me escrever canções de amor e um skatista para rolar nos obstáculos do medo trazendo minha coragem de se apaixonar de volta.
Luciana do Rocio Mallon


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Flor da Cebola

Flor da Cebola
Nunca pensei que um vegetal
Que tem sabor ardido e picante
Possuía uma flor delicada e especial
Parecida com renda leve e cintilante
                             
A cebola tem uma flor delicada
De pétalas suaves e macias
Que viram estrelas de madrugada
Inspirando as mais belas poesias!

A menina que não gosta de tempero
Preferiu admirar a natureza no jardim
Assim decidiu colher flores com esmero
Que podia ser rosa, margarida ou jasmim

Mas no meio da estrada cheia de lama
Ela descobriu que cebola, também, tem flor
A garota deixou de ser menina e virou uma dama
Pois percebeu que cebola pode ter esplendor

Ela pegou a flor pelo talo esverdeado
Mas o vento com travesso sentimento
Espalhou os pedaços da flor por todo o lado
Causando, em sua alma, um cruel tormento

Então a garota tornou-se uma cozinheira
Pegou uma cebola grande e vistosa
Assim de uma maneira faceira
Com o seu poder de feiticeira
Através da faca prateada e ardilosa
Ela deixou a cebola com formato de rosa.
Luciana do Rocio Mallon




Lenda do Cemitério Onde uma Mão de Mármore, de um Mausoléu, Segura Outra de Diferente Túmulo Através de um Buraco no Muro

Lenda do Cemitério Onde uma Mão de Mármore, de um Mausoléu, Segura Outra de Diferente Túmulo Através de um Buraco no Muro
Há muitos anos existia numa aldeia da Europa, uma jovem judia, chamada Hanna, que vivia dizendo:
- O dia em que eu me apaixonar por alguém, quero ser enterrada junto com esta pessoa.
Na mesma vila existia um moço católico, chamado Pedro, que sempre afirmava:
- Quando eu morrer, desejo ser enterrado junto com o amor da minha vida. Porém se isto não acontecer, o Anjo de Mármore fará com que minha mão alcance a mão, desta outra pessoa, dentro do cemitério.
Numa tarde de primavera este moço saiu para comprar objetos e, sem querer, entrou na loja de Hanna. Assim os dois se apaixonaram e passaram a namorar, às escondidas, porque eram de religiões diferentes.
Um dia a mãe do rapaz, que já tinha uma pretendente da nobreza para ele, descobriu tudo e contratou um matador de aluguel para dar fim à vida de Hanna. Então numa noite negra, a donzela saiu de sua loja, tarde da noite. Assim ela passou por uma rua escura, levou um tiro e morreu.
O cemitério daquela cidade era dividido, por um muro, em dois espaços: a parte dos judeus e a parte dos católicos. Hanna foi enterrada no espaço dos judeus, num túmulo que ficava ao lado do muro que fazia a divisão.
Pedro, quando soube da notícia, se suicidou com um tiro no dia seguinte. Desta maneira, ele foi enterrado no espaço dos católicos, na parte do muro que fazia a divisão, bem ao lado da parte judaica onde estava o túmulo de Hanna. Portanto, só o muro separava os dois.
Um dia após a morte do moço o coveiro, que estava andando pelo cemitério, notou que um buraco se abriu no meio do muro e que através dele, uma mão de mármore que saiu do mausoléu de Pedro segurava em outra mão, feita do mesmo material, que saia do túmulo de Hanna.
Então o homem exclamou:
- Nossa!
- Quem construiu estas mãos de mármores que saíram dos dois túmulos?
- Não daria tempo para alguém fazer um trabalho tão bem feito!
- Será que foi o Anjo de Mármore do Cemitério?
- Reza a lenda que o Anjo de Mármore anda, pelo campo-santo, à noite construindo mãos de mármore para unir os túmulos de pessoas que se amavam, mas foram separadas em vida.
Após estas palavras, o coveiro mostrou o fenômeno para as pessoas da aldeia, que ficaram assustadas com o acontecimento.
Anos depois, um terremoto atingiu a vila. Então o cemitério e várias casas foram destruídos. Porém esta lenda permaneceu na eternidade.
Luciana do Rocio Mallon





Quando a Moça, Que Está Ficando Com o Seu Amor Platônico, Faz um Segundo Perfil Para Colocar as Fotos do Casal

Quando a Moça, Que Está Ficando com o Seu Amor Platônico, Faz um Segundo Perfil Para Colocar as Fotos do Casal
Samara do Poço confessou à Princesa Ace de Leve:
- Sou amiga virtual e real da moça que está ficando com o meu amor platônico. O problema é que ela fez um segundo perfil só para postar as fotos, com acontecimentos do casal, e não me adicionou. Porém alguns conhecidos meus estão lá.
- Será que mando solicitação de amizade neste segundo perfil dela?
- Será que digo que já sei de tudo?
Princesa Ace de Leve aconselhou:
- No momento não faça nada apenas observe porque se seus amigos, também, estão no segundo perfil dela, com certeza, eles contarão todos os detalhes a você. Pois se a jovem fez um outro “profile” só para os dois, isto é sinal de que ela considera você uma forte concorrente. Sem falar que, uma pessoa que faz um segundo perfil, só para casal, é sinal de que ela é: insegura, ciumenta e costuma trair. Por isto garanto que este relacionamento pode até durar, mas não será algo feliz para nenhuma das partes.
(Princesa Ace de Leve by Luciana do Rocio Mallon)



sábado, 21 de janeiro de 2017

Os Elogios Verbais Mais Lindos Que Recebi de Cavalheiros

Os Elogios Verbais Mais Lindos Que Recebi de Cavalheiros
Infelizmente, existem pessoas malvadas que me xingam de adjetivos negativos como: frustrada e recalcada. Porém estes invejosos não sabem nada da minha vida. Confesso que já sofri bullying na adolescência por ser obesa, masculinizada e, também, porque não conseguia arrumar namorado. Porém o tempo passou e a minha aparência mudou. Então conheci novas pessoas e arrumei colegas que tinham mais a ver com a minha personalidade. Deste jeito como eu sempre gostei de Poesia, alguns amigos escreviam poemas para mim. Porém tem dois elogios, que recebi em diálogos orais, que nunca esqueci.
Um dia, estava andando com um amigo de boa aparência e de classe média alta. De repente, ele perguntou:
- Você já foi noiva?
Eu respondi:
- Nunca tive um namoro sério...
- Quem me dera ficar noiva...
- Você acha que sou tão interessante assim para alguém se apaixonar por mim a ponto de me pedir em casamento?
Este meu amigo olhou no fundo dos meus olhos e afirmou:
- Sim!
Desta maneira fiquei emocionada e uma lágrima caiu dos meus olhos. Aquela afirmação foi o elogio mais lindo que recebi. Pois, nos anos 80 e 90, rolava a lenda de que só as meninas muito bonitas casavam cedo.
Uma vez eu estava caminhando com um amigo que era homossexual assumido. De repente ele pediu para que eu fizesse um poema, na hora, com a palavra que ele sugeriu. Assim, como sou boa em improvisação, inventei as rimas no mesmo minuto. Após o poema, ele exclamou:
- Se eu não fosse gay, me apaixonava por você!
Naquele instante senti uma alegria sem igual.
Portanto após estes elogios ninguém pode afirmar que eu sou recalcada, ou, frustrada.
Luciana do Rocio Mallon